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Encontrado no Delta do Piauí, pequeno tamanduá vira símbolo de preservação de manguezais

Encontrado no Delta do Parnaíba, menor tamanduá do mundo vira símbolo de preservação

Animal mede cerca de 30 centímetros e pesa, em média, 400 gramas. Foram encontradas mais de 30 espécies na região.

Por: Carolina Simiema 25 ago 2024, 21:16

O tamanduaí cyclopes didactylus, a menor espécie de tamanduá do mundo, virou símbolo de conservação de manguezais nordestinos a partir da identificação de mais de 30 espécies do chamado Tamanduaí na APA do Delta do Parnaíba. Há cerca de quatro anos, o programa de conservação da biodiversidade do Instituto Tamanduá promove ações e estudos na base de pesquisa instalada na região. Reflorestamento, conservação de áreas e turismo de base comunitária são estratégias adotadas para proteger a biodiversidade local.

O animal mede cerca de 30 centímetros e pesa, em média, 400 gramas. Pela dificuldade em obter dados e informações sobre esta espécie na região, o tamanduaí faz parte de uma classificação que recebe o nome de “dados deficientes”, de acordo com a  International Union for Conservation of Nature (IUCN), indicando que mais pesquisas ainda são necessárias.

Ainda segundo o Instituto, a região também é considerada vulnerável para a espécie devido a problemas como o turismo predatório, a presença de animais domésticos e a instalação de usinas eólicas.

Veja também: Litoral do Piauí é berçário para três das cinco espécies de tartarugas no Brasil

Delta do Parnaíba

O Delta do Parnaíba, localizado entre os estados do Piauí e Maranhão, é uma das principais formações naturais do Brasil. Composto por mais de 80 ilhas e canais, o Delta é o único das Américas que deságua em mar aberto. A região abriga manguezais, dunas, praias e florestas, que são habitat para diversas espécies de plantas e animais, muitas delas endêmicas. Além de sua relevância ambiental, o Delta também é um importante destino turístico.

O Delta do Parnaíba tem um papel fundamental na preservação dos ecossistemas costeiros, funcionando como berçário para espécies marinhas e rota para aves migratórias. As comunidades locais, como pescadores e ribeirinhos, dependem dos recursos naturais da área para subsistência. O turismo ecológico também é uma atividade econômica relevante, exigindo cuidados para evitar impactos negativos no ambiente.

A região enfrenta desafios de preservação, como a degradação ambiental devido à exploração inadequada dos recursos, a pesca predatória e a poluição por resíduos sólidos. A expansão urbana desordenada e as mudanças climáticas também ameaçam o equilíbrio ecológico. A implementação de políticas de conservação e a conscientização ambiental são medidas necessárias para a preservação do Delta.

 

Carolina Simiema

Jornalista, fundadora e diretora-executiva da EcoNós. Acredita no poder da comunicação para mobilizar comunidades e influenciar políticas públicas.

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