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Protótipo de Inteligência Artificial vai atuar no monitoramento e prevenção de incêndios no Piauí

Protótipo de IA vai atuar no monitoramento e prevenção de incêndios no Piauí

Em setembro de 2023, segundo dados do Inpe, o Piauí registrou o maior número de queimadas.

Por: Viviana Braga 18 set 2024, 18:58

Um protótipo de Inteligência Artificial (I.A.) está sendo treinado para analisar os dados coletados de possíveis focos de incêndio no Piauí. De agosto a dezembro, quando o tempo fica mais quente e seco facilitando as queimadas, a tecnologia deve facilitar o acionamento das brigadas municipais e do Corpo de Bombeiros, antes do fato acontecer.

A iniciativa pioneira foi desenvolvida pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e utilizará o histórico do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) e do Banco de Dados de Queimadas (BDQueimadas) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) para detectar ameaças, confirmar incêndios, precisar o local e informar às brigadas e Corpo de Bombeiros em tempo real, acelerando as ações de combate ao fogo.

Segundo Sara Cardoso, coordenadora da Sala de Monitoramento da Semarh, a utilização dos dados levará em consideração as mudanças climáticas e pesquisas institucionais, utilizando o intervalo de 20 anos do histórico de queimadas no estado. “À priori, será de uso interno, depois de calibrado os dados e aprimorada a tecnologia com análises assertivas, será de livre acesso”, complementa.

Ainda de acordo com a climatologista, “está será mais uma importante ferramenta que somará com as ações realizadas para o combate assertivo aos incêndios em todo o Piauí, reduzindo redução os números de incêndios florestais e contribuindo para o reflorestamento em todo o estado”.

Em setembro de 2023, segundo dados do Inpe, o Piauí registrou o maior número de queimadas. Em apenas 48 horas, foram notificados 417 focos de incêndio no território piauiense, representando 14% de todas as queimadas no Brasil.

Conforme as autoridades locais, os números de incêndios vêm crescendo a cada ano, o que representa uma grande ameaça a fauna e flora do estado. No litoral, além do tempo quente e seco, a maior incidência dos ventos nesta época do ano agrava a situação.

Veja também: Crise climática: causas, consequências e impactos no nordeste do Brasil

Viviana Braga

Jornalista, cofundadora e diretora-executiva da EcoNós.

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